Dentro do mercado, das lojas de roupas, ou de uma loja de conveniências, você já pensou nas condições de trabalho por trás da produção dos itens? Já se perguntou sobre o quanto do lucro realmente vai para a mão de quem produziu? Optou por um produto porque sabia que era feito de materiais recicláveis, orgânico ou com a procedência atestada? Pois então você já pensou nos princípios do comércio justo e solidário!
Imagem dos nossos parceiros no Orgânico Solidário, na distribuição de cestas de produtores locais para a população afetada pelas chuvas em Petrópolis
Comércio Justo e Solidário é a prática comercial diferenciada, baseada na justiça, na solidariedade, no diálogo, na transparência e no respeito, realizada por Empreendimentos Econômicos e Solidários. Seus objetivos, muito alinhados com os de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, são: promover o desenvolvimento sustentável, a justiça social, a soberania, e a segurança alimentar e nutricional; garantir os direitos de produtores e produtoras, consumidores e consumidoras nas relações comerciais; fortalecer a cooperação entre produtores-comerciantes-consumidores, reduzindo riscos e dependências econômicas; promover a autogestão; equidade de gênero, étnica e de gerações; garantir a remuneração justa do trabalho, a valorização preservação do meio ambiente, com ênfase na produção de produtos de base agroecológica e das atividades do extrativismo sustentável.
Da expressão em inglês Fair Trade, o conceito foi criado pensado no apoio a quem produz as commodities, protegendo as melhores condições de troca e garantia dos direitos para produtores e trabalhadores à margem do mercado, principalmente no hemisfério sul, além de priorizar a qualidade do que é produzido. A iniciativa que existe desde o final dos anos 80, também ajuda na conquista de mercados mais competitivos, inclusive internacionalmente. Um exemplo é o fortalecimento de arranjos produtivos locais de diferentes culturas que ajudam na melhoria da qualidade através da organização de eventos, pesquisa e tecnologia, na construção de uma imagem de referência da marca e na consolidação de espaços em novos mercados. Nesse sentido, a transparência ganha ainda mais importância, já que a confiança nesse tipo de comércio deve contar não apenas com os selos, mas também com a rastreabilidade da produção!
A rastreabilidade com o QuipoAgro pode atuar na organização, divulgação e auditoria de processos produtivos, garantindo o cumprimento de normas e a valorização de trabalhadores, além oferecer uma plataforma que fortaleça os laços entre as duas pontas da cadeia: quem faz e quem consome! O estímulo ao consumo ético é essencial para uma relação mais sustentável como mundo em que vivemos, e isso se faz com transparência, criando mecanismos de confiança e segurança para mercados cada vez mais exigentes e mais preocupados com as condições trabalhistas e ambientais que geram os bens que adquirimos.
A transparência também fortalece a criação de uma corrente de disseminação de boas práticas atreladas não apenas a uma produção responsável, mas a um sucesso comercial. Ao contarmos a história de um produto, temos a possibilidade de fortalecer uma cadeia de ponta a ponta, o comércio local e até mesmo o turismo nas regiões produtivas!